Árvores e Arbustos - Apresentação
I - INTRODUÇÃO
Foi quando conheci os livros de JULIAN BARNARD – “Remédios Florais de Bach – FORMA E FUNÇÃO” e de PETER WOHLLEBEN -“A vida secreta das ÁRVORES – O que elas sentem e como se comunicam – As descobertas de um mundo oculto”. A leitura dessas obras me ajudou a redirecionar meus estudos e ampliar meus conhecimentos.
Adentrar nesse universo novo e fantástico do conhecimento específico sobre botânica, exigiu de mim, como autodidata, determinação, tempo e muita dedicação.
Foi um caminho longo, mas deslumbrante, o qual me possibilitou a percepção, identificação e diferenciação da estrutura externa de cada espécie vegetal do Sistema Floral de Bach. A morfologia de cada uma das suas partes, os tipos e especificidades da raiz, caule, folhas e frutos, o tamanho e formato da planta e da copa, também foram se constituindo em elementos extremamente importantes, não só de estudo, mas de conexão maior com o trabalho desenvolvido pelo Dr. Bach.
Decidi, então, associar ao conteúdo teórico que estava elaborando, sínteses dessas pesquisas que realizei e fotos da Viagem à Inglaterra e País de Gales, que fiz em 2014. Uma aventura do conhecimento, com roteiro programado e supervisionado pela Dra. Carmen Monari, do Instituto Bach de Campinas. A Dra. Carmen é a representante, no Brasil, do Bach Centre da Inglaterra.
Foi assim que nasceu este trabalho específico sobre Árvores e Arbustos, que é parte integrante do tema geral “SISTEMA FLORAL DE BACH – IMAGENS, PALAVRAS, SIGNIFICADOS”, com a expectativa de centralizar dados e facilitar pesquisas para pessoas que, como eu, desejam ampliar a observação e o entendimento sobre o assunto, bem como desenvolver olhar mais investigativo e integrado à natureza.
“ÁRVORE: ORGANISMO VIVO IMPRESCINDÍVEL PARA EXISTÊNCIA E MANUTENÇÃO DA VIDA SOBRE A TERRA”
II - IMPORTÂNCIA - SIMBOLISMO - ORIGEM
Elas possuem estrutura genética e funções bem definidas na natureza. São dotadas de alguns mecanismos particulares de comunicação, convivência e de defesa contra inimigos naturais e circunstâncias adversas. Por suas infinitas potencialidades e benefícios, são essenciais para a sobrevivência, equilíbrio, qualidade e manutenção da vida no planeta.
Realizam a fotossíntese e tornam puro o ar que respiramos. Protegem a terra, rios e nascentes. Atuam ativamente nas condições atmosféricas e climáticas, como a formação de ventos e chuvas. Atuam na regulação da temperatura e da umidade relativa do ar e evitam a erosão do solo.
Atraem para si, e em seu entorno, várias formas de vida: insetos, pássaros, répteis, animais selvagens e domésticos que procuram por alimento, abrigo, sombra e descanso, fazendo delas seu habitat natural.
Constituem-se em fonte rica de alimento para os seres humanos, principalmente por seus frutos e sementes. Muitas espécies proporcionam, com suas folhas, a preparação de chás e, com suas flores, os de Remédios Florais. Também produzem importantes substâncias que podem ser utilizadas na fabricação de medicamentos e cosméticos.
As árvores também nos fornecem a madeira, frequentemente utilizada para fins estruturais e de sustentação de construções civis, fabricação de móveis e confecção de cabos de ferramentas agrícolas e carrocerias de vários meios de transporte. A celulose, extraída de seus caules, é usada como matéria prima nas indústrias de papel e tecidos, material muito explorado no mundo moderno.
Reúnem e disponibilizam todos os elementos da natureza: Água, Terra, Fogo e Ar.
Por todos esses motivos, as árvores sempre exerceram um grande fascínio sobre a criatura humana. Sua simbologia contém um dos temas mais ricos e difundidos pela humanidade.
Povos e diferentes civilizações do Oriente e do Ocidente, com suas diferentes visões místicas, esotéricas, folclóricas; com suas tradições religiosas, valores, mitos, lendas e crenças, reverenciam e homenageiam diferentes espécies de árvores. Adotam-nas como símbolo da vida e do conhecimento, fertilidade, regeneração, renascimento e imortalidade.
Presentes na natureza, há milhares e milhares de anos, onde são tidas como marco da existência de uma Força Criadora Superior, desde a Antiguidade já eram associadas aos deuses e às forças místicas que regem os bens naturais. Elas estão sujeitas às mesmas Leis Imutáveis do Universo que regem a Vida Humana em nosso Planeta e se assemelham e compartilham da essência e das virtudes humanas.
Símbolo das relações que se estabelecem entre o Céu e a Terra, desde Adão, Eva e o Paraiso, as árvores promovem e garantem a contínua comunicação entre três níveis cósmicos: o subterrâneo, por meio das raízes que adentram as profundezas do solo; a superfície da terra, por meio de seu tronco e galhos inferiores, e as alturas, com sua copa, que cresce verticalmente, atraída pela luz do sol e do céu.
Fósseis bem preservadas da espécie Wattieza – A “Arvore de Gilboa”- que é considerada a mais antiga árvore do mundo, com idade estimada de 380 milhões de anos, foram descobertos em Gilboa, uma pequena cidade no oeste do Condado de Schoharie, no Estado de Nova York. Local onde acredita-se ter sido formada a mais antiga floresta do mundo, com surgimento no período Devoniano, compreendido entre 416 milhões e 359 milhões de anos atrás , aproximadamente 140 milhões de anos antes do surgimento dos dinossauros.(Fonte e foto Wikipedia)
Também como símbolo desse elemento tão importante, elegeu-se, o dia 21 de Setembro como Dia da Árvore, data que antecede o início da Primavera no Hemisfério Sul.
III - DEFINIÇÕES
ÁRVORE é um vegetal ou planta de grande porte, que apresenta caule que produz madeira, ou tronco permanentemente lenhoso, ereto e indiviso. Forma ramos bem acima do nível do solo, em alturas variáveis, apresentando, na maioria das vezes, copas bem definidas e intensamente ramificadas.
ARBUSTO é um vegetal ou planta de porte menor que o das árvores, geralmente inferior a seis metros de altura, cujo caule emite ramificações bem próximas ao solo. Em alguns casos, arbustos pequenos e baixos, por volta de dois metros de altura, chegam a ter aparência de moita. São plantas que não necessitam de grandes espaços para o seu bom desenvolvimento.
A grande diferença entre uma árvore e um arbusto se caracteriza, basicamente, pela altura atingida pela planta, pelo diâmetro do tronco principal, pela altura em que se dá a divisão do tronco principal e pela capacidade de produzir novos ramos secundários anualmente. Entretanto, nem sempre é fácil de se estabelecer um parâmetro consensual, devido às características próprias de desenvolvimento de cada planta, sendo comum encontrar citações sobre algumas delas como sendo “árvore de pequeno porte” ou “arbusto de porte arbóreo”.
Algumas árvores e arbustos mantém suas folhas durante todas as estações do ano. São as espécies vegetais denominadas “PERENE, SEMPRE VERDE OU EVERGREEM”. Outras perdem-nas todos os anos, durante a época mais fria, seca e de menor luminosidade. São as espécies vegetais denominadas “DECÍDUA, CADUCA OU CADUCIFÓLIA”.
São perenes as espécies que apresentam ciclo de vida longo. Em BOT NICA, o mesmo que PERENIFÓLIO, ou seja, árvore, arbusto ou vegetação de folhagem persistente durante todo o ano. Suas copas não passam pelo processo cíclico de renovação, mantendo-se verdes e desenvolvendo novas folhas em todas as estações.
Em BOT NICA, o mesmo que CADUCIFOLIA, ou seja, que perde a folhagem em determinada época do ano, geralmente na estação seca ou no inverno. Quando o período de luz começa a diminuir, as folhas iniciam um processo natural e cíclico de transformação. Caduco, decíduo, deciduifólio.
Nessas espécies, as lindas copas verdes tingem-se de variados tons de amarelo, laranja, vermelho e marrom, anunciando que se aproxima o momento da queda de suas folhas e o fim de um ciclo de vida que culmina com a HIBERNAÇÃO. Cada espécie, ao seu tempo e com sua peculiaridade, prepara-se no Outono, para se proteger das adversidades da nova estação que se aproxima. Armazena a clorofila das folhas em suas raízes e tronco, processa o desfolhamento e recolhe-se em si mesma, para enfrentar e sobreviver à força das tempestades e outros rigores do inverno.
Passada a adversidade natural, as folhas voltam a brotar na Primavera, tempo em que ressurge a vida, na sucessão das estações, o que confirma sua capacidade de regeneração periódica, frente aos ciclos da vida.
TABELA DAS ÁRVORES
DECÍDUAS | |||
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NOME CIENTÍFICO | FAMÍLIA | REMÉDIO FLORAL | GRUPO |
Populus tremula | Salicaceae | ASPEN | Medo |
Fagus sylvatica | Fagaceae | BEECH | Cuidado excessivo com os outros |
Prumus cerasifera | Rosaceae | CHERRY PUM | Medo |
Malus pumila | Rosaceae | CRAB APPLE | Desalento e desespero |
Ulmus procera | Ulmaceae | ELM | Desalento e desespero |
Carpinus betulus | Corylaceae | HORNBEAM | Falta de interesse no presente |
Larix decidua | Pinaceae | LARCH | Desalento e desespero |
Quercus robur | Fagaceae | OAK | Desalento e desespero |
Juglans regia | Juglandaceae | WALNUT | Hipersensibilidade a influências e opiniões externas |
Salix vitellina | Salicaceae | WILLOW | Desalento e desespero |
CASTANHEIRAS | |||
Aesculus hippocastanum | Hippocastaneaceae | CHESTNUT BUD | Falta de interesse no presente |
Aesculus hippocastanum | Hippocastaneaceae | WHITE CHESTNUT | Falta de interesse no presente |
Aesculus carnea | Hippocastaneaceae | RED CHESTNUT | Medo |
Castanea sativa | Fagaceae | SWEET CHESTNUT | Desalento e desespero |
SEMPRE VERDES | |||
Ilex aquifolium | Aquifoliaceae | HOLLY | Hipersensibilidade a influências e opiniões externas |
Olea europea | Oleaceae | OLIVE | Falta de interesse no presente |
Pinus silvestre | Pinaceae | PINE | Desalento e desespero |
TABELA DOS ARBUSTOS
DECÍDUAS | |||
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NOME CIENTÍFICO | FAMÍLIA | REMÉDIO FLORAL | GRUPO |
Ceratostigma willmottiana | Plumbaginaceae | CERATO | Incerteza e insegurança |
Clematis vitalba | Ranunculaceae | CLEMATIS | Falta de interesse no presente |
Lonicera caprifolium | Caprifoliaceae | HONEYSUCKLE | Falta de interesse no presente |
Vitis vinifera | Vitaceae | VINE | Cuidado excessivo com os outros |
Rosa canina | Rosaceae | WILD ROSE | Falta de interesse no presente |
SEMPRE VERDES | |||
Ulex europaeus | Legumionosae | GORSE | Incerteza e insegurança |
Helianthemum nummularium | Cistaceae | ROCK ROSE | Medo |
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