A personalidade HOLLY tem o coração fechado para o amor. Nega-se a oportunidade de realizar conexão afetiva com o outro e de compartilhar o lado bom e agradável da vida. Tende a viver contrariada com tudo e com todos, em constante estado de alerta, mantendo atitudes de desconfiança e hostilidade. Sente prazer em divergir e contestar. Apresenta dificuldade para aceitar críticas e opiniões alheias e para suportar fatos e situações dolorosas. Considera que o mundo todo se volta contra si, sentindo-se injustiçada e colocando-se em posição de defesa. Recusa-se a pedir, aceitar e oferecer ajuda. Tende a acreditar na má sorte, temer o fracasso e não perdoar seus próprios erros nem os de outrem. Denota insatisfação crônica, irritação e mau humor.  Costuma expressar seu desagrado com ironia, sarcasmo e indignação. Predisposição ao ciúme, inveja e desejo de vingança, estados emocionais complexos que mobilizam sentimentos negativos difíceis de serem refreados. Remói raiva, rancor e ódio, que chegam a se manifestar de modo agressivo, dependendo da intensidade dos sentimentos  reprimidos e das circunstâncias do momento. 

Todos esses estados emocionais ocultam dores profundas, rejeições sofridas, expectativas não correspondidas, desejos não concretizados. Mobilizam energia negativa poderosa e destrutiva. Geram angústia, desgosto, insegurança, baixa autoestima, ansiedade, medo, culpa e frustração. Afetam o equilíbrio psicofísico e chegam a desencadear vários tipos de doenças,  como estresse, depressão,  tensão, dores e outros transtornos. Provocam, portanto, grande sofrimento, mas com frequência, sem que exista uma causa real para tanto infortúnio.

Os padrões de desequilíbrio do Holly revelam o lado escuro, hostil e impetuoso da alma humana, que bloqueiam o fluir do amor universal, impedindo-a de expandir sua luz fulgente e compassiva.

PALAVRAS – CHAVE

ABANDONO –  AGRESSIVIDADE – CINISMO – CIÚME/INVEJA – CONFLITO INTERNO  CONTRARIEDADE – DESGOSTO – DESTRUTIVIDADE – INDIGNAÇÃO – IRONIA/ SARCASMO – NÃO ACEITAÇÃO – RAIVA / RANCOR/ REVOLTA/ ÓDIO – SUSPEITA DES/CONFIANÇA – VINGANÇA.

– ABANDONO: Medo de que as pessoas que ama saiam de sua vida e deixem de satisfazer suas necessidades de atenção, afeto e carinho. Sensação de profunda de desolação, pelo receio de ser rejeitado e negligenciado em seu desejo de segurança. Tais medos acabam por gerar um estado de alerta constante, com atitudes de desconfiança, hostilidade e controle em relação às pessoas, como estratégia de autoproteção para evitar a dor e o sofrimento.

– AGRESSIVIDADE: estado emocional característico de quem apresenta disposição ou predisposição destrutiva, para dirigir ofensas, ameaçar, insultar, provocar, desafiar ou atacar outras pessoas, por atos ou palavras, com a intenção de humilhá-las e de prejudicar sua integridade física ou moral. Pode manifestar-se com intensidade variável, dependendo das circunstâncias do momento, da intensidade dos sentimentos e da capacidade de autocontrole dos envolvidos na contenda.

– CINISMO: atitude que manifesta descaso e rejeição pelas convenções sociais e moral vigente Afronta, atrevimento, audácia, descaramento, hostilidade. Tendência a zombar, caçoar e alimentar desconfiança em relação aos outros, como possível mecanismo de autoproteção, colocando sérias barreiras ao relacionamento saudável e à formação de vínculos afetivos.

– CIÚME – INVEJA: tidos, nos dicionários, como sinônimos. São estados  emocionais complexos que envolvem sentimentos negativos obscuros, penosos, mesquinhos, que causam grande sofrimento. Mobilizam insegurança, baixa autoestima, desgosto, rancor, raiva, frustração, desejo de vingança. Sentimentos irrefreáveis, que se manifestam de maneira muito semelhante, mas apresentam um componente peculiar:

CIÚME: medo de perder, para outrem, algo que se  tem. Receio ou suspeita de que a pessoa amada dedique seu interesse e afeto a outrem.

INVEJA: desejo de possuir o que pertence a outrem. É o chamado “olho gordo”. Causa grande tormento com o sucesso e extrema satisfação com o infortúnio alheio. (Considerada, na tradição católica, um dos Sete Pecados Capitais). 

– CONFLITO INTERNO: estado mental de grande intranquilidade, provocado pela existência concomitante de ideias, interesses ou sentimentos acentuadamente antagônicos. Desencadeia reações ambivalentes e excludentes. Um choque de interesses de difícil resolução. Um dilema que mobiliza grande ansiedade, estresse, insegurança, baixa autoestima, afetando o sono e interferindo nos relacionamentos.

– CONTRARIEDADE: ato ou efeito de contrariar, de se opor ou resistir a algo, com o intuito de impedir ou dificultar sua realização. Divergência, contestação, hostilidade, aborrecimento.

– DES/GOSTO: falta de gosto. Ausência de prazer e de alegria, como consequência de um acontecimento triste, desagradável ou traumático. Provoca grande insatisfação, contrariedade, aborrecimento, desinteresse, amargura e desânimo. Chega a causar um estado de grande abatimento, que exaure a força vital e bloqueia a capacidade de relacionamento.

– DESTRUTIVIDADE: tendência a apresentar comportamento agressivo, decorrente de raiva, ódio, repulsa, revolta, com a intenção de destruir ou denegrir  a imagem,  argumentos e possibilidades de intervenção de outrem. Poder de produzir efeito negativo sobre algo ou alguém, com a intenção de arruiná-lo ou reduzi-lo a nada.                                                     

– INDIGNAÇÃO: sentimento de desprezo oposição,  cólera ou aversão provocado por uma circunstância injusta, indigna ou revoltante. 

– IRONIA – SARCASMO: estilos de linguagem  que expressam o oposto do que a realmente a pessoa quer dizer. Diferença básica:

– IRONIA: usa de dissimulação, fingimento, disfarce, deboche, de maneira mais sutil e bem humorada. 

– SARCASMO: usa de zombaria e escárnio, com  caráter mais “tóxico”, provocativo e ofensivo. 

– NÃO ACEITAÇÃO: dificuldade para aceitar críticas e opiniões alheias, suportar fatos e situações dolorosas e adotar novas posturas. Hábito de reclamar, contestar,  fazer-se de vítima e culpar os outros por seus transtornos e desconfortos. Tendência a acreditar na má sorte, temer o fracasso e não perdoar seus próprios erros nem os de outrem. Recusa em pedir, aceitar e oferecer ajuda, afastando as pessoas. Mobiliza pensamentos destrutivos, mau humor, insatisfação, desânimo, raiva, inveja e frustração. Consome a energia vital, traz danos à saúde, afeta o desempenho, a qualidade de vida e os relacionamentos.

– RAIVA – RANCOR –  REVOLTA – ÓDIO: estados emocionais que mobilizam energia negativa intensamente poderosa e destrutiva, que podem desencadear comportamentos agressivos e prejudicar relacionamentos. Limitam a vida, mesmo quando permanecem reprimidos dentro da pessoa. Ocultam dores profundas, rejeições sofridas, expectativas não correspondidas, desejos não concretizados, desgostos. Geram angústia, insegurança, baixa autoestima, ansiedade, culpa, frustração. Chegam a desencadear vários tipos de doenças,  como estresse, tensão e dores físicas, depressão, cardiopatias, entre outras.

São palavras que apresentam significados semelhantes, todas indicativas de perturbação e aversão em relação a algo ou alguém. Parece-nos, porém, que cada uma delas indica um determinado grau de intensidade de sentimentos, sendo o ódio o mais carregado de energias destrutivas. Um rancor violento, uma aversão profunda e crônica, difícil de controlar e de superar.

SUSPEITA: opinião fundamentada em evidências incompletas, não comprovadas, a respeito de algo ou de alguém. Ideia imprecisa, dúvida, cisma, hipótese, suposição, desconfiança.  

DES/CONFIANÇA: falta de confiança. Disposição de espírito que leva as pessoas a duvidar da sinceridade dos outros.

VINGANÇA: ato de vingar-se, de obter reparação de uma ofensa recebida, punindo o ofensor. Ato lesivo praticado em represália contra aquele que é ou seria o causador da afronta. Revide. O desejo de vingança nasce quando uma pessoa se sente agredida, ameaçada ou injustiçada pela atitude de outrem. Passa, então, a alimentar pensamentos e sentimentos negativos que causam grande sofrimento e danos emocionais e a arquitetar atos retaliativos, proporcionais aos sofridos, antegozando os resultados da desforra.